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quarta-feira, 16 de novembro de 2016



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terça-feira, 5 de julho de 2016

Crianças, já para fora | Daniel Becker | TEDxLaçador

  Médico enumera sete pecados capitais cometidos contra a infância

“O verdadeiro caráter de uma sociedade é revelado pela forma com que ela trata suas crianças.” A frase, de Nelson Mandela, foi escolhida pelo médico pediatra Daniel Becker para introduzir uma lista onde ele aponta os sete pecados capitais cometidos contra a infância.
Daniel falou sobre o assunto no evento TEDx Laçador, realizado em Porto Alegre, em junho. Segundo o palestrante, as crianças brasileiras vêm sendo muito maltratadas pela sociedade. "Além de o país não oferecer boas condições de saúde, moradia, educação e segurança, os pais e cuidadores das crianças têm cometido pecados ao longo de sua criação", afirma.

1 – Privação do nascimento natural e do aleitamento materno

“A cultura da cesárea faz com que as mulheres acreditem que o parto normal deve ser a cesárea. Que o parto normal é nocivo, doloroso, perigoso. Isso gera diversos malefícios para as crianças.” “Da mesma forma acontece com o leite materno. A mulher quer amamentar sua filha, mas (muitas vezes) em dois meses esta criança está desmamada. Isso vem, em grande parte, por causa da indústria, que faz propaganda pelo nome que dá às suas fórmulas: “premium”, “supreme”, e a propaganda que ela faz com o médico.”   

2 – Terceirização da infância

Por causa da falta de tempo dos pais, que têm que trabalhar para sustentar a família, as crianças estão sendo deixadas em creches ou com babás. “Perdemos o que é mais precioso na infância: o convívio com os filhos. Convívio é aquilo que nos dá a intimidade, a capacidade de estar junto, o amor, a sensação de estar cuidando de alguém, a sensação de conhecer profundamente alguém”.

3  - Intoxicação da infância

Também pela falta de tempo, é mais acessível trocar a comida tradicional brasileira por uma alimentação rica em gordura, sal e açúcar, que vem da comida congelada e industrializada. “Obesidade e diabetes estão explodindo na infância”.

4 – Confinamento e distração permanente

As crianças passam até oito horas por dia conectadas em aparelhos eletrônicos. Esse confinamento impede que elas tenham um momento de consciência, de vazio, de tédio. “O tédio é fundamental na infância. Porque o tédio e o vazio são berço daquilo que é mais importante para nós, a criatividade e imaginação. Nós estamos amputando isso dos nossos filhos.”    

5 – Mercantilização da Infância e consumismo Infantil

Assistindo muita televisão durante o dia, as crianças são massacradas pela publicidade, por valores de consumismo. “E essa publicidade é covarde, explora a incapacidade da criança de distinguir fantasia de realidade, explora o amor dela por personagens e instiga nela valores como consumismo obscessivo, hipervalorização da aparência, a futilidade e coisas piores”.

6 – Adultização e erotização precoce

“Existe uma erotização que usa a criança de 7, 8 anos para vender produtos de moda, uma erotização baseada no machismo, na objetificação das meninas e das mulheres, na valorização excessiva da aparência.”

7 – Entronização e superproteção da infância

Para compensar a ausência, muitos pais tornam-se permissivos e acabam perdendo a autoridade sobre seus filhos. Mas a criança precisa de gente que conduza a vida dela. “A gente sabe que a importância dos limites do não são formas fundamentais de amor. A gente precisa dar para os nossos filhos, mas a gente tá perdendo a capacidade. Em vez disso, a gente se interpõe entre as experiências dos filhos e do mundo fazendo justamente que eles não tenham experiência da vida e portanto não desenvolvam mecanismos de lidar com a frustração, com a dor e com a dificuldade. E certamente o mundo vai entregar para eles mais tarde.”
Como forma de enfrentar estes pecados, Daniel propõe uma solução que passa por mudanças em apenas dois fatores: tempo e espaço. No caso do tempo, o médico sugere que os pais estejam presentes na vida do filho em pelo menos 10% do tempo em que estão acordados. Em uma conta geral, isso representa 1h40 por dia de dedicação aos filhos. Em relação ao espaço, a orientação é estar perto da natureza. “O convívio com o espaço aberto vai afastar a gente das telas, vai reduzir o consumismo e o materialismo excessivos, vai promover o livre brincar (que, por sua vez, vai gerar inteligência, humor e criatividade), vai gerar convívio entre as famílias, vai promover o contato com o ar, o sol e o verde e vai reduzir todos os problemas da infância.”
Assista na integra:
https://youtu.be/1Kxffmj78Os



terça-feira, 28 de junho de 2016



A força dos pais na Educação dos filhos.

“A força dos pais está em transmitir aos filhos a diferença entre o que é aceitável ou não, adequado ou não, entre o que é essencial e supérfluo, e assim por diante. Pedir um brinquedo é aceitável, mas quebrar o brinquedo meia hora depois de ganhá-lo e pedir outro, é inaceitável. É importante estabelecer limites bem cedo e de maneira bastante clara, pois, mais tarde, será preciso dizer ao adolescente de quinze anos que sair para dar uma volta com o carro do pai não é permitido, e ponto final.
O estudo é essencial; portanto, os filhos têm obrigação de estudar. Caso não o façam, terão sempre que arcar com as consequências de seus atos, e estas deverão ser previamente estabelecidas pelos pais. Só poderão brincar depois de estudar, por exemplo. Naquilo que é essencial, os pais deverão dedicar mais tempo para acompanhar de perto se o combinado está sendo respeitado. Os filhos precisam entender que têm a responsabilidade de estudar e que seus pais os estão ajudando a cumprir um dever que faz parte da “brincadeira” da vida.
Hoje, os grandes responsáveis pela educação dos jovens – na família e na escola – não sabem cumprir bem seu papel. É a falência da autoridade dos pais em casa, do professor em sala de aula, do orientador na escola.” (Livro: Disciplina – Limite na medida certa, de Içami Tiba)O estudo é essencial; portanto, os filhos têm obrigação de estudar. Caso não o façam, terão sempre que arcar com as consequências de seus atos, e estas deverão ser previamente estabelecidas pelos pais. Só poderão brincar depois de estudar, por exemplo. Naquilo que é essencial, os pais deverão dedicar mais tempo para acompanhar de perto se o combinado está sendo respeitado. Os filhos precisam entender que têm a responsabilidade de estudar e que seus pais os estão ajudando a cumprir um dever que faz parte da “brincadeira” da vida.Hoje, os grandes responsáveis pela educação dos jovens – na família e na escola – não sabem cumprir bem seu papel. É a falência da autoridade dos pais em casa, do professor em sala de aula, do orientador na escola.” (Livro: Disciplina – Limite na medida certa, de Içami Tiba)

APADRINHAMENTO AFETIVO

quarta-feira, 30 de março de 2016

Gritar, ameaçar e humilhar uma criança são atitudes tão nocivas quanto bater

Thinkstock
Assim como bater, humilhar, aterrorizar ou ameaçar uma criança não educa, só traumatiza
Assim como bater, humilhar, aterrorizar ou ameaçar uma criança não educa, só traumatiza

Seja aprovado ou não pelo Congresso Nacional, o projeto apelidado de "Lei da Palmada", que proíbe os castigos físicos e tratamentos degradantes de crianças e adolescentes pelos pais, já vem provocando mudanças. Desde 2003, quando começou a ser delineado, bater nos filhos tornou-se uma atitude politicamente incorreta, em especial depois que psicólogos, psiquiatras e educadores passaram a questionar seus resultados como medida educativa. É óbvio que é praticamente impossível saber o que acontece dentro dos lares, mas, hoje em dia, quem desfere uns tabefes, em local público, é alvo imediato de olhares de reprovação –e pode ter de dar explicações ao Conselho Tutelar. Some-se a isso os vídeos caseiros de flagrantes de violência e uma patrulha informal está formada.
Para os especialistas em comportamento, no entanto, não é só bater que é prejudicial e traumático. "Educar não é fácil. Não nascemos sabendo ser pais. Apesar de os tempos terem mudado, costumamos seguir os modelos que já conhecemos, de nossos pais e avós", explica o pediatra Moises Chencinksi. "E, se não se bate mais, por ser politicamente incorreto, e de fato inadequado, busca-se outras formas de 'opressão' para 'educar': gritar, castigar, xingar, ofender, humilhar...", declara. E, por essa lógica, o próprio especialista questiona: quem gosta de ser humilhado? Quem aprende algo assim? Quem pode ser feliz sendo tratado dessa forma?

Na opinião da psiquiatra Ivete Gianfaldoni Gattás, coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo, primeiro é preciso entender que bater em um filho com a pretensão de educá-lo ou corrigi-lo é um engano, já que está apenas a serviço da descarga de tensão de quem pratica a violência. "Mas xingar, humilhar ou gritar, além de colaborar para que as crianças cresçam com medo e a autoestima prejudicada, nos afastam delas", afirma. Para Miriam Ribeiro de Faria Silveira, diretora do Departamento de Saúde Mental da Sociedade de Pediatria de São Paulo, quando os pais gritam o tempo todo com a criança demonstram muito mais desequilíbrio do que autoridade. "O pior é que elas também começam a gritar e ficam ansiosas, angustiadas e com muito medo, pois, onde deveriam ter seu porto seguro e soluções, encontram pais desesperados em se fazerem obedecer", diz.

A psicóloga Suzy Camacho concorda que a violência verbal é tão agressiva quanto a física, principalmente se os gritos tiverem uma conotação de ameaça: "Uma hora eu sumo e não volto nunca mais!", "Ainda vou morrer de tanta raiva", "Seu pai vai brigar comigo por sua causa!". "Diante de frases como essas, as crianças se sentem responsáveis por coisas que não são", explica Suzy. Ela também destaca o efeito devastador que os rótulos têm para a autoestima: chamar o filho de preguiçoso, bagunceiro, inútil, por exemplo.  "Até os sete anos, a personalidade está em formação. Qualquer termo pejorativo pode marcar para sempre. Tente corrigir ou apontar a atitude, nunca uma característica", afirma. Exemplos? "Não gosto quando você deixa seu quarto desarrumado", "Você precisa prestar mais atenção no que eu falo" etc.

Para as crianças, a opinião dos pais e educadores a respeito de suas atitudes, da sua performance ou mesmo de seus atributos de beleza e inteligência são muito importantes na construção de uma personalidade. Ao perceberem que os pais não a admiram, elas tendem a se depreciar, o que pode culminar em casos de depressão, agressividade e fuga do convívio familiar. "Xingar e usar palavrões trazem consequências, pois é uma forma de depreciação. E como todas as crianças costumam copiar os pais, consequentemente, vão se comunicar dessa forma", diz Miriam Silveira. Já castigos cruéis despertam nas crianças a agressividade. "Nas mais extrovertidas observaremos atitudes hostis com adultos, com outras crianças e animais de estimação. Nas tímidas, as sequelas são angústia e ansiedade, sentimentos que podem impedir um desenvolvimento neuro-psíquico normal", diz Miriam.

Em muitos casos, a irritação e o cansaço causados por um dia difícil não conseguem ser controlados e o resultado acaba sendo a impaciência com os filhos. Os passos seguintes são a culpa, a frustração, a compensação para, no próximo dia, começar tudo de novo, num ciclo nocivo. Para os especialistas consultados por UOL Comportamento, a velha tática de contar até dez antes de tomar uma atitude drástica opera milagres. "Um adulto sabe que pegou pesado quando se sente angustiado. Dar um tempo freia essa sensação ruim e ajuda a esfriar a cabeça".
Fonte:http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2012/06/16/gritar-ameacar-e-humilhar-uma-crianca-sao-atitudes-tao-nocivas-quanto-bater-dizem-especialistas.htm

Ausência dos pais pode comprometer saúde emocional dos filhos



Dificuldade de expressar sentimentos é um dos problemas enfrentados pelos pimpolhos


Não basta ser pai, tem que participar. O termo é bastante conhecido, e as dificuldades para fazê-lo se tornar realidade também. A rotina diária ou a forma como a estrutura familiar está organizada exige que os pais encarem como desafio o que deveria ser uma obrigação: tornar-se presente na vida dos filhos. A ausência se transforma em culpa, para os pais que não conseguem dar atenção à prole, e em traumas para os filhos, que se sentem sozinhos e até rejeitados pelos pais.

A psicóloga Patrícia Spada, que faz parte de uma das equipes da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, além de ser coordenadora do curso que ministra na UNIFESP - "A Psicologia nos Distúrbios Alimentares...", da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, explica que a ausência dos pais pode interferir de maneira diferente no desenvolvimento da criança e do adolescente. Para ela, a ausência traz danos em quaisquer circunstâncias, mas a idade e o motivo da ausência são elementos chave nesta questão, "Criança ou adulto, filhos precisam das referências dos pais, sem elas tendem a enxergar os relacionamentos humanos com certo despreparo e como algo negativo", explica ela. 

De 0 a 3 anos de idade

bebê
bebê
Nesta fase, a formação da personalidade da criança ainda não está definida e a referência dos pais é fundamental para que isso aconteça sem prejuízos emocionais e psicológicos. "Se os pais faltam nesta fase, a criança se sente desprotegida e não tem parâmetros para diferenciar o que é certo do que é errado. Doenças cognitivas, obesidade, desnutrição e problemas afetivos são alguns dos traumas carregados pela ausência dos pais", conta Patrícia. "A presença dos pais é primordial neste período, pois, os traumas sofridos nela se estendem pela vida adulta e vão desde dificuldades de aprendizagem até a falta de apetite ou a comilança excessiva", continua ela. 

Na adolescência

Adolescência
Adolescência
Já na adolescência, os efeitos são mais de ordem comportamental e podem se refletir tanto na vida amorosa e familiar como no convívio em sociedade. "O adolescente tende a buscar referências fora de casa, quando não as encontra nos pais. Portanto, a chance de manifestar um comportamento agressivo e buscar as referências ausentes em estranhos são grandes", explica Patrícia. 

Excesso de trabalho

Nestes casos, os filhos se sentem trocados e traídos pelos pais, é como se não fossem importantes. A psicóloga explica que sinais como tiques nervosos, tristeza e apatia ou agressividade são bastante comuns quando o motivo da ausência é esse, e que os pais devem prestar atenção no comportamento dos filhos para não achar que esses sintomas são frescura ou decorrentes de outros motivos. 

Desestrutura familiar

A psicóloga explica que, quando a ausência se dá pela separação dos pais, é possível evitar traumas estabelecendo regras e mantendo uma rotina parecida com a que os filhos levavam antes do divórcio, porém, segundo Patrícia, quando a ausência se dá pelo fato do filho não conhecer o pai ou a mãe, os traumas são bem maiores. "Não sabemos oferecer aos outros aquilo que não recebemos. Quando não conhecemos nossas origens, não desenvolvemos o sentimento de pertencimento que faz com que nos sintamos filhos de alguém, não temos laços afetivos importantes com as outras pessoas", explica Patrícia. 

Falecimento dos pais

Ausência
      Ausência
A ausência neste caso pode ser a mais dolorosa. Pai e mãe são sempre insubstituíveis na vida dos filhos, e tentar suprir o carinho que vai faltar é uma situação delicada. Patrícia explica que a melhor maneira de os familiares lidar com isso é dar amor sem tentar uma substituição de valores. "Avós são avós e pais são pais, não dá para querer mudar essa realidade, o que se pode e deve fazer é tentar reforçar ainda mais os laços naturais que unem esta família", explica ela. 

Dicas para amenizar os traumas causados pela ausência dos pais


-Melhore a qualidade do tempo que passa com seus filhos. Se tiver duas horas por dia para ficar com eles, dedique-se apenas a isso neste período

-Tente se fazer presente emocionalmente, quando a presença física é impossível: Telefonar, deixar bilhetes e fazer surpresas pode ser uma boa saída

-Justifique a ausência com uma conversa franca, quando os filhos são mais velhos

-Quando pequenos, não delegue funções de pai e mãe a estranhos; tente mostrar que você faz parte da vida da criança, mesmo sem tanto tempo para isso. 

Fonte:http://www.minhavida.com.br/familia/materias/10286-ausencia-dos-pais-pode-comprometer-saude-emocional-dos-filhos

segunda-feira, 28 de março de 2016



Na tarde desta Quinta-feira (24/03/16), universitários de Medicina da Cidade de Presidente Prudente , fizeram doação de caixas de bombons destinados as Crianças e Adolescentes da Casa lar.
Cerca de 20 caixas de chocolate foram distribuídos entre as crianças e adolescentes da Casa Lar, um ato de amor e carinho que proporcionou alegria e uma páscoa mais doce para nossas Crianças e Adolescentes.






PROJETO APADRINHAMENTO AFETIVO CASA LAR LINS


APADRINHAMENTO AFETIVO

O que é o projeto de Apadrinhamento Afetivo

        O programa de Apadrinhamento Afetivo permitirá que crianças e adolescentes em situação de abrigo passem a ter outras referências de vida e de comunidade além da dos profissionais que com eles convivem; terão a oportunidade de se relacionar dentro de uma outra família e terão novos exemplos da participação familiar e de cidadania dentro da sociedade.
        Os Padrinhos e Madrinhas Afetivos que participarão deste Programa terão preparação e acompanhamento de profissionais para poderem da melhor forma possível participar efetivamente da vida desses jovens, com limites e com deveres. Por outro lado, estas crianças e adolescentes abrigados também terão uma preparação e um acompanhamento para estreitar os vínculos com esse alguém especial, para que haja para ambos os envolvidos a construção segura de vínculos e de um relacionamento afetivo e social consciente e saudável.
        Ao saber-se, através dos estudos e pesquisas, que crianças e adolescentes com referências claras e concretas tornam-se adultos conscientes e preparados para a vida, e, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA - art. 19 e 92, par. I e II) que promulga que a situação ideal para a socialização das crianças e adolescentes é estar dentro de sua própria família, para crescer de modo saudável, garantindo o seu desenvolvimento afetivo, educacional e social, o Projeto Transformando a realidade - uma vida de cada vez, lança mão do Programa de Apadrinhamento Afetivo  que vem desenvolver medidas para que estes jovens abrigados tenham oportunidades e condições de terem outras referências familiares e sociais além das experiências já por eles vividas.
        Os resultados deste programa refletirão direta e indiretamente na sociedade, pois o vínculo sócio-afetivo proporcionará a essas crianças e adolescentes o fortalecimento e o desenvolvimento saudável através de relações afetivas, além da oportunidade de quebrarem o ciclo da exclusão e da “invisibilidade-social” possibilitando a conscientização e a construção de uma base mais sólida de cidadania.

O que é ser padrinho ou madrinha

O Padrinho ou Madrinha é alguém que queira auxiliar e acompanhar a vida de uma criança ou adolescente em situação de acolhimento institucional que tem possibilidade remota de inserção em uma família substituta (adoção).*

* Este projeto não implica em nenhum vínculo jurídico.

Como funciona

Cada padrinho ou madrinha terá liberdade de escolher lugares para passear, ocasiões e demais atividades para realizar com o afilhado, participando efetivamente da vida da criança ou adolescente.

Todos os envolvidos participarão de Oficinas de Esclarecimento e receberão acompanhamento de uma equipe técnica, para poder construir e estreitar os laços afetivos de forma consciente e saudável.

Critérios para o Apadrinhamento Afetivo


 Ter disponibilidade de tempo para participar efetivamente da vida do(a) afilhado(a) (visitas ao abrigo, a escola, passeios, etc.);


 Ter mais de 21 anos (respeitando a diferença de ser 16 anos mais velho do que a criança ou adolescente);

 Participar das oficinas e reuniões com a equipe técnica do projeto;

 Contar com mais uma pessoa da família que também possa participar das Oficinas de Esclarecimentos; 

 Apresentar toda a documentação exigida;

 Consentir visitas técnica na sua residência;

 Respeitar as regras e normas colocadas pelos responsáveis do projeto e dos abrigos.

*Maiores informações pelo telefone:(14) 3523-7255

Fonte:http://www.projetorecriar.org.br/site/apadrinhamento_afetivo.htm

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Programa de Acolhimento Familiar: as famílias acolhedoras

A inclusão do Programa de Acolhimento Familiar na Lei da Adoção também é uma iniciativa nova. Criado pelo Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária, lançado em 2006, o programa foi incorporado à lei devido aos resultados positivos obtidos até então. É uma modalidade também conhecida como guarda subsidiada, pela qual as famílias recebem em casa crianças e adolescentes afastados da família de origem.
As famílias acolhedoras não se comprometem a assumir a criança como filho. São, na verdade, parceiras do sistema de atendimento e auxiliam na preparação para o retorno à família biológica ou para a adoção. O período de acolhimento é de seis meses, durante os quais a família recebe uma ­ajuda de custo de um salário mínimo por mês. Cada família abriga um jovem por vez, exceto quando se tratar de irmãos.
Outra medida importante é o prazo máximo de dois anos para permanência da criança e do adolescente em programa de ­acolhimento institucional. Se houver caso que exceda o prazo, a situação deve ser justificada pelo juiz. Até 2009, não havia duração máxima estipulada. “Sempre que os prazos legais são extrapolados, como nos casos em que não há possibilidade de adoção ou colocação em família substituta, é preciso que a autoridade responsável justifique”, esclareceu o promotor Luciano Machado de Souza.
De acordo com a pesquisa do Ministério do Desenvolvimento Social, o Brasil tem conseguido respeitar o prazo de dois anos para acolhimento. Em 2010, o tempo médio foi de 24,2 meses. A região que ficou mais tempo com as crianças em abrigos foi o Nordeste, com 28 meses.
A pesquisa também mostrou que, nesse mesmo ano, os conselhos tutelares foram responsáveis por 52,9% dos encaminhamentos para abrigo. Em seguida, veio o Poder Judiciário, com 31,9%. Ministério Público, secretarias municipais de assistência social, delegacias de polícia e delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente responderam pelo restante dos acolhimentos (15,2%).
Esses números ainda refletem a prática até 2009, antes da entrada em vigor da Lei da Adoção, quando a falta de clareza na redação do ECA dava aos conselhos tutelares autonomia para tirar crianças da família e encaminhar para abrigo. “A competência para tirar criança da família é do juiz. Ao conselho tutelar cabe comunicar a situação da criança ao Ministério Público. O conselho tutelar estava se equivocando, pois tinha tendência a tirar a criança da família e deixar no abrigo”, avalia o promotor Murillo Digiácomo.
http://www.senado.gov.br/noticias/Jornal/emdiscussao/adocao/realidade-brasileira-sobre-adocao/programa-de-acolhimento-familiar-as-familias-acolhedoras.aspx

Grávida' há três anos, mulher faz book fotográfico para receber filho adotivo



Uma família de Santos, no litoral de São Paulo, prepara um ‘ensaio de gestante’ para o filho adotivo que ainda está por chegar. A professora Elaine Vidal já é mãe de duas meninas, mas ela e o marido sempre tiveram a vontade de adotar uma criança. Ao notar que ambas as filhas possuíam fotos de quando ainda estavam em sua barriga, a mãe decidiu também fazer um ensaio para o filho adotivo mesmo sem ter um barrigão para exibir.
Elaine explica que ela e o marido, o também professor Rogério Ramos Vidal, sempre tiveram a vontade de adotar uma criança. “Nós sempre sonhamos com três filhos, independente do sexo, desde a época de namoro, e desejávamos que um deles fosse adotivo. Mas, na época de namoro, esse sonho era desejo de ajudar, de fazer algo pelo próximo. E vontade de ajudar não é pretexto para adoção, há inúmeras outras formas de fazer caridade. Então, essa ideia ficou meio adormecida”, explica.Após se casar e ter duas filhas, o casal decidiu que era a hora de adotar uma criança e, então, eles começaram a se preparar para o que chamam de ‘a mais longa gestação’. “Quando resolvemos ser pais pela primeira vez, a gestação veio fácil. Na segunda, foram três anos de tentativas e a Isabella veio por um tratamento de fertilização in vitro. Quando pensamos no terceiro, não estávamos dispostos a passar por tudo aquilo de novo e então a ideia de adotar veio forte, dessa vez sem pensar em ajudar ninguém, mas apenas como uma outra maneira de se ter um filho e, finalmente, completar a nossa família”, diz.
O casal deu entrada no processo há três anos e teve que passar por um processo de habilitação, frequentou um curso e passou por entrevistas com psicólogas e assistentes sociais. “Até nossas meninas foram entrevistadas e, no dia 30 de setembro do ano passado, saiu a nossa habilitação, ou seja, a Justiça nos considerou aptos a sermos pais por adoção e agora é só esperar o telefonema que mudará as nossas vidas”.A ideia de criar um ‘ensaio de gestante’ para o filho adotivo acabou surgindo durante conversas com as filhas do casal, que gostam de olhar as fotos e os ensaios que a mãe fez enquanto estava grávida das duas. “As duas adoram olhar minhas fotos grávida, perguntam muito dessa época e ficam felizes ao ver que eram esperadas. Aí eu comecei a pensar: e quando o terceiro chegar, o que eu vou mostrar? Ela, ou ele, também está sendo esperado. De alguma forma temos que registrar isso”, conta.Os pais já fizeram diversas fotos para montar um álbum e, agora, aguardam ansiosamente para conhecer seu futuro filho, sempre afirmando que irão amá-lo independente de quem for. “Muita gente acha que queremos menino, por já termos duas meninas, mas, na verdade, nosso sonho era ter três filhos, independente do sexo e independente da cor, e nosso perfil é para uma criança de até 8 anos. Estamos ansiosos e não sabemos mesmo como será o nosso terceiro filho. A expectativa é total”, conclui.


Fonte:http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2016/02/gravida-ha-tres-anos-mulher-faz-book-fotografico-para-receber-filho-adotivo.html

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

5 feridas emocionais da infância que persistem quando somos adultos

Os problemas vividos na infância podem provocar algumas cicatrizes emocionais que podem predizer como será nossa qualidade de vida quando adultos. Além disso, podem influenciar significativamente na forma como os nossos filhos se relacionarão conosco e com outras pessoas no futuro.
Este artigo aborda cinco das feridas emocionais ou experiências dolorosas da infância, que, aliadas a uma parte da nossa personalidade, nos ajudará a observar quais são as nossas próprias feridas:

1- O medo do abandono

A solidão é o pior inimigo para quem foi negligenciado ou abandonado na infância. Quem já sofreu abandono tende a abandonar prematuramente as pessoas com quem mantém um relacionamento ou seus projetos de vida por medo de ser abandonado novamente.
Seria algo como “eu vou antes de você me deixar”, “ninguém me apóia, não estou disposto a suportar isso”, “se você for, não precisa mais voltar…”.
As pessoas que têm feridas emocionais de abandono na infância precisam trabalhar o medo da solidão, o medo de ser rejeitado e as barreiras invisíveis ao contato físico.
A ferida causada pelo abandono não é fácil de curar, mas, você consegue perceber uma melhora quando esse medo da solidão começa a desaparecer dando lugar a um diálogo interno positivo e esperançoso.

2- O medo da rejeição

O medo da rejeição é uma das feridas emocionais mais profundas, porque implica na rejeição de nós mesmos, do nosso interior, ou seja, das nossas experiências, dos nossos pensamentos e dos nossos sentimentos.
Esse medo pode aparecer por vários fatores como, por exemplo, através da rejeição dos pais, da família ou de colegas e gerar pensamentos de auto-rejeição e de auto-desqualificação.
A pessoa que tem medo de ser rejeitada não se sente digna de receber afeto ou de ser compreendida e por isso se isola em seu vazio interior.
É provável que as pessoas que sofreram rejeição sejam evasivas e por isso é necessário trabalhar os seus temores, os medos internos e as situações que geram pânico.
Se este for o seu caso, ocupe o seu lugar no mundo, arrisque-se, tome suas próprias decisões. Faça isso aos poucos e perceba que você ficará menos incomodado se alguém se afastar ou se esquecer de você em algum momento, você não levará isso para o lado pessoal.

3- A Humilhação

Esta ferida surge quando, em algum momento, sentimos que outros nos desaprovam ou nos criticam.
Podemos gerar esse tipo de problemas nos nossos filhos se dissermos que são maus, estúpidos ou se os compararmos à outras crianças; isto destrói a autoestima deles.
As feridas emocionais de humilhação geram uma personalidade dependente. Além disso, como mecanismo de defesa, a criança pode aprender a ser “tirana” e egoísta além de repetir as humilhações humilhando outros.
Ter sofrido esse tipo de experiência requer que trabalhemos a nossa independência, nossa liberdade, a compreensão das nossas necessidades e medos, assim como as nossas prioridades.

4- A traição e o medo de confiar

Surge quando a criança se sente traída por um de seus pais, principalmente no descumprimento de promessas. Isso cria uma desconfiança que pode ser transformada em inveja e em outros sentimentos negativos por não se sentirem merecedores do que foi prometido ou das coisas que outras pessoas possuem.
Sofrer uma traição na infância constrói uma pessoa controladora. Se sofreu estes problemas na infância, você provavelmente sente a necessidade de exercer algum controle sobre os outros, o que normalmente se justifica como sendo uma personalidade forte.
Essas pessoas tendem a confirmar seus erros por meio de suas ações. Para curar as feridas emocionais da traição, é necessário trabalhar a paciência, a tolerância e o saber viver, assim como aprender a estar sozinho e a ter responsabilidades.

5- A injustiça

A injustiça como ferida emocional se origina em um ambiente onde os cuidadores primários são frios e autoritários, isso porque uma exigência exagerada de exercer limites gera sentimentos de impotência e inutilidade, tanto na infância como na idade adulta.
A conseqüência direta da injustiça na conduta daqueles que a sofreram é a rigidez, pois estas pessoas tendem a querer ser muito importantes e adquirir grande poder. Além disso, é provável que a pessoa desenvolva um fanatismo pela ordem e pelo perfeccionismo, bem como a incapacidade de tomar decisões com confiança.
Requer trabalhar a desconfiança e a rigidez mental, criando o máximo de flexibilidade e permitindo-se confiar em outros.
Agora que nós já sabemos sobre as cinco feridas emocionais que podem afetar nosso bem-estar, a nossa saúde e a nossa capacidade de nos desenvolver como pessoas, podemos começar a saná-las.
Fonte: LaMenteEsMaravillosa traduzido e adaptado por Psiconlinews

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016


O DIZER "NÃO" NA EDUCAÇÃO

É muito comum os pais se queixarem que seus filhos não atendem aos nãos que eles lhes falam, ordenam, pedem, imploram ou mesmo quando  dão a entender...
Esta desobediência ao não dos pais é globalizada. Praticamente todas as crianças do planeta custam a obedecer os seus pais. Há exceções, que são raras, que confirmam a regra de que os filhos hoje estão desobedientes aos seus pais.
É bastante comum eu ouvir este lamento de mães dito com um grande desânimo: Meu filho não me obedece, grita comigo, faz só o que quer, me agride, me ofende... Então eu pergunto: Quantos anos ele tem?  Elas respondem: 2 anos!
Como pode uma criança de dois anos de idade tumultuar tanto a vida da sua mãe?
Digo com bastante convicção que é devido ao que o filho recebeu, como educação ou não, do que lhe aconteceu desde que nasceu. Raríssimos são os casos em que as crianças nascem desobedientes, como doenças psiquiátricas e graves transtornos psicológicos e de caráter. A maioria nasce absolutamente normal e vai se tornando inadequada ou deseducada aos poucos.
Um nenê que durma no colo para depois ser colocado no bercinho já começa um costume errado, pois lugar de dormir passa ser o colo e não o berço. Se, cada vez que acorda durante a noite, ele é pego no colo ele aprende que berço não é lugar para ele ficar, e passa a reivindicar a ficar no colo, onde irá adormecer. O nenê começa a formar a imagem de que só deve ir ao berço quando já estiver dormindo. Assim se ele for colocado no berço ainda acordado, ele se recusará a ficar no berço e criará mil desculpas próprias da idade para não ficar no berço. Sem dúvida é muito gostoso dormir no calor, no balanço e no afeto de um colo do que no bercinho. Não é natural no ser humano acordar em um lugar que ele não deitou.  Enquanto ele nada sabe, ele dorme em qualquer lugar, portanto ele após arrotar o que mamou deve ser colocado de lado no berço para dormir, por mais que os adultos queiram lhe dar colo. O nenê chorar no berço, gritar, dizer palavras incompreensíveis etc é uma defesa natural por preferir fazer o que aprendeu, dormir no colo. Ele já sabe que está lutando por um direito que ganhou dos pais que queriam muito mais agradá-lo do que não o educar. O nenê não está desrespeitando ninguém. São os adultos à sua volta que não souberam educá-lo a dormir sozinho no berço. Quem aprende dormir no colo não quer saber se naquela noite os pais não têm como dar-lhe colo. Ele luta para dormir no que já se acostumou: o colo.
Um ponto muito importante que todos os humanos deveriam saber é: “Ninguém sente falta do que não conhece, mas arca com suas consequências”.
Todos sabem que lugar do bebê dormir é no berço e não no colo, mas como a maioria não sabe que o local do bebê adormecer também deve ser no berço, arcam com as conseqüências de um bebê que acaba atrapalhando o sono dos pais e muitas vezes até separando os cônjuges. Amor é muito bom, mas não resolve este problema das noites mal dormidas de todos na família. Não é errando que se aprende, mas sim corrigindo o erro.
Assim também muitos nãos dos pais não são obedecidos principalmente pelos filhos:
  • que percebem que o não pode ser transformado em sim;
  • que nada lhe acontece se não obedecer ao não e continuar fazendo o que queria;
  • que os pais num dia dizem sim e noutro, não;
  • que basta questioná-los que eles deixam quando os pais não têm respostas;
  • que a boca diz não, mas os olhos dizem sim;
  • que a palavra diz não, mas todo o comportamento diz sim;
  • que o agora não se transforma em daqui a pouco pode.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

ANSIEDADE INFANTIL




1- Excesso de estímulos

“Estamos a assistir ao assassinato coletivo da infância das crianças e da juventude dos adolescentes no mundo todo. Nós alteramos o ritmo de construção dos pensamentos por meio do excesso de estímulos, sejam os presentes a todo momento, seja acesso ilimitado a smartphones, redes sociais, jogos ou excesso de TV. Eles estão a perder as habilidades sócio emocionais mais importantes: colocarem-se no lugar do outro, pensar antes de agir, expor e não impor as ideias, aprender a arte de agradecer. É preciso ensiná-los a proteger a emoção para que fiquem livres de transtornos psíquicos. Eles necessitam gerenciar os pensamentos para prevenir a ansiedade. Ter consciência crítica e desenvolver a concentração. Aprender a não agir pela reação, no esquema ‘bateu, levou’, e a desenvolver altruísmo e generosidade.”
2- Geração triste
“Nunca tivemos uma geração tão triste, tão depressiva. Precisamos ensinar às nossas crianças a fazerem pausas e contemplar o belo. Essa geração precisa de muito para sentir prazer: viciamos nossos filhos e alunos a receber muitos estímulos para sentir migalhas de prazer. O resultado: são intolerantes e superficiais. O índice de suicídio tem aumentado. A família precisa de se lembrar que o consumo não faz ninguém feliz. Suplico aos pais: os adolescentes precisam ser estimulados a aventurarem-se, a ter contato com a natureza, encantarem-se com astronomia, com os estímulos lentos, estáveis e profundos da natureza que não são rápidos como as redes sociais.”
3- Dor compartilhada
“É fundamental que as crianças aprendam a elaborar as experiências. Por exemplo, diante de uma perda ou dificuldade, é necessário que tenham uma assimilação profunda do que houve e aprender com aquilo. Como ajudá-las nesse processo? Os pais precisam falar das suas lágrimas, suas dificuldades, seus fracassos. Em vez disso, pai e mãe deixam os filhos no tablet, no smartphone, e os colocam em escolas de tempo integral. Pais que só dão produtos para os seus filhos, mas são incapazes de transmitir a sua história, transformam seres humanos em consumidores. É preciso sentar e conversar: ‘Filho, eu também fracassei, também passei por dores, também fui rejeitado. Houve momentos em que chorei’. Quando os pais cruzam o seu mundo com o dos filhos, formam-se arquivos saudáveis poderosos na sua mente, que eu chamo de janelas light: memórias capazes de levar crianças e adolescentes a trabalhar dores perdas e frustrações.”

4- Intimidade

“Pais que não cruzam o seu mundo com o dos filhos e só atuam como manuais de regras, estão aptos a lidar com máquinas. É preciso criar uma intimidade real com os pequenos, uma empatia verdadeira. A família não pode só criticar comportamentos, apontar falhas. A emoção deve ser transmitida na relação. Os pais devem ser os melhores brinquedos dos seus filhos. A nutrição emocional é importante mesmo que não se tenha tempo, o tempo precisa ser qualitativo. Quinze minutos na semana podem valer por um ano. Pais têm que ser mestres da vida dos filhos. As escolas também precisam mudar. São muito cartesianas, ensinam raciocínio e pensamento lógico, mas se esquecem das habilidades sócio emocionais.”
5- Mais brincadeira, menos informação
“Criança tem que ter infância. Precisa brincar, e não ficar com uma agenda pré-estabelecida o tempo todo, com aulas variadas. É importante que criem brincadeiras, desenvolvendo a criatividade. Hoje, uma criança de sete anos tem mais informação do que um imperador romano. São informações desacompanhadas de conhecimento. Os pais podem e devem impor limites ao tempo que os filhos passam à frente das telas. Sugiro duas horas por dia. Se não colocares limite, eles vão desenvolver uma emoção viciante, precisando de cada vez mais para sentir cada vez menos: vão deixar de refletir, se interiorizar, brincar e contemplar o belo.”
6- Parabéns!
“Em vez de apontar falhas, os pais devem promover os acertos. Todos os dias, filhos e alunos têm pequenos acertos e atitudes inteligentes. Pais que só criticam e educadores que só constrangem provocam timidez, insegurança, dificuldade em empreender. Os educadores precisam ser carismáticos, promover os seus educandos. Assim, o filho e o aluno vão ter o prazer de receber o elogio. Isso não tem ocorrido. O ser humano tem apontado comportamentos errados e não promovido características saudáveis.”
7- Conselho final para os pais
“Vejo pais que reclamam de tudo e de todos, não sabem ouvir, não sabem trabalhar as perdas. São adultos, mas com idade emocional não desenvolvida. Para atuar como verdadeiros mestres, pai e mãe precisam estar equilibrados emocionalmente. Devem desligar o telemóvel ao fim de semana e ser pais. Muitos são viciados em smartphones, não conseguem desconectar. Como vão ensinar os seus filhos e fazer pausas e contemplar a vida? Se os adultos têm o que eu chamo, o síndrome do pensamento acelerado, que é viver sem conseguir aquietar a mente, como vão ajudar os seus filhos a diminuírem a ansiedade?”
Fonte: M de Mulher